O Preço do Amanhã
- Rita Escórcio
- 13 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Sinopse
Não recomendado para menos de 12 anos
Em um futuro próximo, o envelhecimento passou a ser controlado para evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. Quando Will Salas (Justin Timberlake) recebe uma misteriosa doação, passa a ser perseguido pelos guardiões do tempo por um crime que não cometeu, mas ele sequestra Sylvia (Amanda Seyfried), filha de um magnata, e do novo relacionamento entre vítima e algoz surge uma poderosa arma com o sistema e organização que comanda o futuro das pessoas.

Este filme me foi recomendado por um amigo. Confesso que fiquei, de imediato, atraída pelo título. A pergunta que fica é: quanto você daria para ter a certeza do amanhã ou, pelo menos, tentar finalizar aquilo a que se propusera? É muito interessante a analogia que o filme traz ao usar o tempo como moeda de troca para tudo, ou seja, você tem um tempo para gastar; período esse a que comumente chamamos Vida. Esse tempo vem grafado no antebraço dos personagens e, no filme, existem maneiras de conseguir prolongar a vida em horas, dias e até séculos, através de empréstimos por percentual, relativamente alto, adquiridos em casas de câmbio controladas por um magnata detentor de tempo suficiente para fazer este tipo de comercialização. Há também outras maneiras de se obter o prolongamento da vida: roubar o tempo de outros e/ou doar parte para alguém, contanto que o indivíduo não deixe de cumprir as tarefas a que se propusera a fazer. Não se exasperem quando falo que o personagem adquiriu um século de vida, pois a aparência desses seres, ambientados na cidade fictícia de O Preço do Amanhã, não envelhece, visto que o aspecto físico será sempre de um pessoa com idade de 25 anos; mas, depois que a numeração zera, nada mais resta, é o fim. É um filme de aventura entremeado de romance entre o herói e uma mocinha que se rebela contra os desmandos do pai. Nesta obra de ficção, o mais interessante a ser observado é a valoração que se dá aos afazeres do dia a dia, sempre pagos com o desconto feito na “moeda tempo”, descontada no antebraço do cidadão. Exemplificando: usar o telefone, pagar o táxi, entrar em uma festa, compras de um modo geral, tudo o que se faz é pago com o desconto do tempo que você ainda tem. E em relação a nós, que valor (quanto de moeda vida) estamos dando às tarefas que fazemos em nosso dia a dia? O filme serve de alerta para que aprendamos a ver que tipo de valor estamos dando para o que executamos em nossas tarefas diárias sem nos atentarmos que a principal moeda gasta é a vida, a nossa vida.
Recomendo o filme. Recomendo também que saibamos aproveitar melhor todas as horas gastas, visto que o Senhor do Tempo está a descontar segundo a segundo do tempo que ainda nos resta.